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domingo, 25 de novembro de 2012

TRIGÉSIMA BIENAL DA ARTE DE SÃO PAULO

TRIGÉSIMA BIENAL DE ARTES DE SÃO PAULO – A IMINÊNCIA DAS POÉTICAS


Não pretendo descrever a Bienal da mesma forma que o escritor italiano Dinomar Buzzati documentou a 10° Bienal de Arte de São Paulo em 1968, mas confesso que fiquei tão admirado quanto o escritor ao me deparar com a arquitetura do Pavilhão Ciccillo Matarazzo concebida pelo arquiteto Niemeyer.

A Trigésima Bienal de Artes de São Paulo com o tema a Iminência das Poéticas tem a participação de 110 artistas e muitas dessas obras relacionadas com a chamada Arte Conceitual com a curadoria de Luís Peres-Oramas.

Segundo Soll Lewitt a “arte é um conceito, e não um objeto material” sendo preciso, desta forma, entender a ideia que molda a obra. E na infinidade de recursos e linguagens a Bienal deste ano teve a proposta principal de confrontar artistas de várias épocas e nacionalidades com artistas contemporâneos para discutir as possíveis rupturas ou continuidades entre as obras. É preciso, então, fazer esta comparação ao muito que já se produziu em arte, ao que foi produzido especialmente para a exposição e àquilo que ainda está por vir.

Destaque, em especial, o grande homenageado Arthur Bispo do Rosário (1911-1989), que acumulando objetos durante os anos em que ficou internado na Colônia Juliano Moreira, Rio de Janeiro, por ser esquizofrênico-paranoico, criou um universo artístico subjetivo em uma linguagem sensível. Com estes objetos sua produção é considerada uma riqueza sem precedentes e que fizeram do artista um dos grandes mestres da arte brasileira na contemporaneidade. Seus arranjos com tecidos e bordados fazem de sua obra um elo entre as técnicas de bordados das artistas americanas Elaine Reichek e Sheila Hicks. A coleção de objetos de Bispo do Rosário faz um link com a arte presente na instalação da alemã Anna Oppermann (1940-1993) que pela diversidade de objetos, fotos e texto formulados com muito dinamismo e cores faz o espectador refletir sobre questões relativas ao acumulo de pequenos objetos no dia a dia.

Também se destaca a força que a pintura representa nesta 30° Bienal da Arte. Obras do brasileiro Eduardo Berliner com imagens bizarras e repletas de metáforas. O argentino Eduardo Stépia que apresentou telas que utilizam a técnica do carvão, grafite e pastel. No jogo de profusão do preto e do branco e suas tonalidades intermediárias lançadas na tela em explosão com traços finos, grossos ou manchas fazem surgir rostos em meio a névoas e fendas. A sala de Lúcia Laguna com sua abstração formal.

Voltando a Arte Conceitual presente principalmente por montagens de vídeo documentando as obras de Allan Kaprow, Bas Jan Ader , entre outros, que englobam arquivos de happenings e outras experiências desta modalidade artística.

A fotografia também outro elemento importante da Bienal com destaque para Hans Eijkelboom (quem não se identificou com sua tribo e estilo). Alair Gomes com fotos de voyeur masculinas e esportistas anônimos.

A escultura com destaque para a alemã naturalizada na Venezuela Gertrud Goldsmith (Cego) - (1912-1994)

Outras obras de destaque:

Thiago Rocha Pitta com a intervenção que representa um deslizamento de terra de frente para a rampa de acesso do 2° piso.

A instalação de Cadu do Rio de Janeiro: uma obra que remete a nostalgia da infância com um “ferrorama” montado entre copos e garrafas coloridas de vidro com um dispositivo acoplado ao trem que ao passar por entre os vidros provocam sonoridades que levam o espectador a aliviar suas tensões em um momento de relaxamento.

David Moreno dando reverberação a sua criação.

Nicolas Paris impressiona com sua obra Exercício de Resistência.

Nydia Negromonte com uma instalação ecológica em aproveitamento da água utilizada em sua instalação.

E muito mais...

A Bienal deArte de São Paulo iniciada em 09 de setembro termina no próximo dia 09 de dezembro de 2012. Ainda dá tempo de conferir!


Fonte: Visita pessoal.



NYDIA NEGROMONTE
                          
CADU

EDUARDO STEPIA


THIAGO ROCHA PITTA

 
GERTRUD GOLDSMITH (CEGO)



POLÊMICA DA LEITURA "OBRIGATÓRIA" NA ARTE CONTEMPORÂNEA






NICOLAS PARIS

ALAIR GOMES

ANNA OPPERMANN - SER DIFERENTE

ARTHUR BISPO DO ROSÁRIO

KIRSTEN PIEROTH

DAVID MORENO



quarta-feira, 21 de novembro de 2012

TERRA CELTA



Uma viajem a 30° Bienal da Arte em São Paulo, e à noite em uma conversa descontraída com a galera jovem de São Paulo a descoberta de um novo som:
Terra Celta.

Banda de Londrina - com letras descontraídas repleta de humor e irreverência e um som que mistura rock, country e um pouco de folk. Ou como título do 2° álbum da banda : Folkatrua, de 2011, mostra que a música paranaense ultrapassa os limites do regionalismo, incorporando elementos instrumentais variados em uma música que anima as happy hours da galera.

Destaques do album:
Home Sweet Home
Surdos Nós Vamos Ficar
O Quadrado (Um diálogo com a canção "Piercing" de Zeca Baleiro, com uma pitada de muito humor.)
Musica, Pirata e Rum
Scotland The Brave
Até o Último Gole (Mais uma canção para minha coleção estilo Janis cantando "What Good Can Drinkin Do" ou John Lee Hooker em "One Bourbon, One Scotch, One Beer"

Site: http://terracelta.com.br/