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sábado, 27 de março de 2010

JOAN BAEZ VOLTA A CANTAR EM PORTUGUÊS

Cantando com auxílio do público, em português galego,o poema Adios Rios, Adios Fontes de Rosalia de Castro e musicado por Amancio Prado, a cantora estadunidense Joan Baez cantou novamente em português.
O concerto foi realizado na cidade de Vigo, Espanha, em 05 de março de 2010.

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=Nr48AGUaCSk




Adios Rios, Adios Fontes

Adiós ríos, adiós fontes,
adiós regatos pequenos,
adiós vista dos meus ollos,
non sei cando nos veremos.

Miña terra, miña terra, terra onde me eu criei,
hortiña que quero tanto, figueiriñas que plantei.
Prados, ríos arboredas, pinares que move o vento,
paxariños piadores, casiña do meu contento.
Muíño dos castañares, noites claras de luar,
campaniñas timbradoras da igrexiña do lugar.
Amoriñas das silveiras que eu lle daba ó meu amor,
camiñiños entre o millo.
!adiós para sempre, adiós!

¡Adeus, gloria!¡Adeus contento!
¡Deixo a casa onde nacín, deixo a aldea que coñezo
por un mundo que non vim!

Em Portugal no Coliseu de Lisboa, Joan cantou duas canções em português: Grandola Vila Morena, considerado o hino pela democracia em Portugal e O Cangaceiro, música de Alfredo Ricardo do Nascimento.

Grandola Vila Morena (Zeca Afonso)

Grândola, vila morena Terra da fraternidade O povo é quem mais ordena Dentro de ti, ó cidade Dentro de ti, ó cidade O povo é quem mais ordena Terra da fraternidade Grândola, vila morena Em cada esquina um amigo Em cada rosto igualdade Grândola, vila morena Terra da fraternidade Terra da fraternidade Grândola, vila morena Em cada rosto igualdade O povo é quem mais ordena À sombra duma azinheira Que já não sabia a idade Jurei ter por companheira Grândola a tua vontade Grândola a tua vontade Jurei ter por companheira À sombra duma azinheira Que já não sabia a idade


Em 1963 Joan Baez cantou pela primeira vez em português interpretando a canção Manhã de Carnaval (de José Maria Bonfá) e Te ador (de repertório tradicional). No álbum In concert Vol. I Joan cantou Até Amanhã (também de repertório tradicional). O auge de sua investida em português foi em 1964 quando gravou em estúdio as canções : O cangaceiro e a ópera Bachinas Brasileiras Ària N.5, de Heito Villa-Lobos e poema de Ruth Correa

quarta-feira, 17 de março de 2010

Carta a Mercedes






Carta a Mercedes Sosa

Grande voz da América Latina
Intérprete de vocal forte
Conquistou todo um continente
Através da canção
Contra a opressão
Cantora de Tangos enamorados
Cantava aos estudantes de coração
Aclamando a arte da literatura
De especialistas, do direito, astronomia e de toda a ciência
Aos trabalhadores
Que corriam às fábricas
Tinha ciência da necessidade do despertar
Denunciava a tristeza dos desaparecidos
Da voz grave que entoou o hino ao gosto de viver
Honrava a vida
Lutou por sua alma
Seu canto era humilde para gente humilde
Cantava a nossa gente
Na Voz forte também tinha espaço
Para a religião
Celebrava a fé em Deus
Missa criola católica esperança
Aproximou a cultura brasileira da argentina
Em Milton um nascimento dessa união
Caetano, Djavan, Fagner, Beth e outros
Na estrada da vida
Amizades de encontros e despedidas
A Joan Baez “Hermana Del Camino”
Da poesia de Violeta um afeto ao Chile
Sons modernos do rock com Charly Garcia
Seu canto chegava aos Andes
Música folclórica andina
Interprete única de toda a cultura latinoamericana
Poderosa voz
Gritava:
Viva a Argentina, Brasil, Peru, Chile e Paraguai
Até a Portinari cantou
Hermana de voz grave
Ofereceu seu coração, coração livre
Mas o tempo é mais do que veloz
O Tambor parou de bater
Desejos de que o passar dos anos
Não fará ninguém esquecer sua voz
Mesmo que tudo mude e tudo muda
Ventos de sua alma continuarão
A agitar panelas e sonhos
A florescer esperanças
A pedir as mãos de irmãos
Para garantir a liberdade
Muito trabalho temos a fazer
Até envelhecer
No momento apenas um minuto de silêncio
Seguido de um aplauso a grande dama das Américas
Rainha folclórica das canções folks do continente sul americano
Calou uma voz – calou uma vida
A quem a todos nós sempre cantou, cantou...
Mas sua herança
Proveniente de uma voz que cessou
Trará novas inspirações
Por causas sociais e ao povo cantar
Outros artistas a sua carreira a imitar
Ai de nós sem Haydeé
Por isso dorme La Negra
Fosse embora como pássaros no ar
É também preciso lamentar
Gracias , Mercedes.

By Roger LS - 17.03.2010

TRIBUTO A MERCEDES SOSA




















TRIBUTE TO MERCEDES SOSA
Sunday, April 25, 2010 7:00 PM
Avery Fisher Hall

This concert is a tribute to the Argentine doyenne of Latin American singers who inspired millions of listeners around the world. She built a universal reputation by putting her political and social concerns together with her music. An international ensemble of fellow artists who will honor her music and persona are: Joan Baez, Guadalupe Pineda, Tania Libertad, Lucecita Benitez, Maridalia Hernandez, Facundo Cabral, Piero, Leon Gieco, among many others who share in this devotion for Mercedes Sosa and her music. Together for the first time on stage in New York City, they will honor her captivating life.
Fonte: http://www.lincolncenter.org/show_events_list.asp?eventcode=24423
http://joanbaez.com


Tributo a Mercedes Sosa

Será realizado no dia 25 de abril de 2010, no Avery Fisher Hall – New York
Este tributo a argentina Mercedes Sosa, uma das mais respeitadas senhoras do cenário musical na América Latina inspirou milhões de seguidores pelo mundo. Ela construiu uma reputação internacional ao juntar sua visão política e interesses sociais combinados ao seu talento musical. Um grupo de artistas similares ao estilo de Sosa , de renomes internacionais, farão homenagem a música e a vida de Mercedes entre elas estão: Joan Baez (Estados Unidos), Guadalupe Pineda (Mexico) , Leon Gieco (Argentina), entre muitos outros ao qual compartilharão este tributo. Juntos pela primeira vez em um palco na cidade de Nova Iorque, eles honrarão sua encantadora vida. (Tradução By Roger LS)

segunda-feira, 8 de março de 2010

Poema de Richard Farina para Mimi Farina






(Traduzido do Original: “The Fields near the Cathedral at Chartres” by Richard Farina)

“Tal como brisa que agora estremece o pomar
Abundante como poesia e cheio de razões sombrias
Pensamentos e gestos elevam sua cabeça
Sua inesperada dança é livre de todo propósito
Jovem garota, você escolhe o movimento âmbar de seu desejo
Desprenda-o como mecanismo da roda e
Dê um passo à frente. Enquanto em sua investida de luta
Eu saberei o conto do seu livro de corpo escuro.”

Original:
And now as breezes shudder in the orchard
Thick with rhyme and loosed of somber reason
Thought and motion raise their head as one
Your sudden dance is free of all design
Young girl, you choose the amber coil of wish
Unlocked it with the cocking of a heel
and stepped away. While in the anger of flight
I know the tale in your dark body´s book.

By Richard Farina
Tradução por Rogerio LS
Fonte: Positively 4th Street, by David Daydu


Richard Farina, cantor e compositor americano que fez dupla com Mimi Baez Farina, em meados dos anos 60, incorporando o folk tradicional ao blues e ao rock. Conhecido como um dos criadores do Folk-rock juntamente com The Byrds e Bob Dylan. Também se destacava sua habilidade em tocar um instrumento de quatro cordas conhecido como dulcimer. Como escritor escreveu em 1966 o livro “Tanto Tempo na Pior que o que Pintar é uma boa” acrescentando mais um clássico a literatura beat (Jack Kerouac, Thomas Pynton, Allen Ginsberg) . Morreu em 1966 num acidente de moto.


Mimi Farina irmã de Joan Baez gravou três discos com Richard Farina : Celebrations for a Grey Day and Reflections in a Crystal Wind. (1965) e Memories (1968), em 1971 formou dupla com o cantor Tom Jans (lançando o álbum Taken Heart) e somente em 1985 lançaria seu disco: Mimi Farina: Solo. Mas o trabalho mais importante de sua vida foi a fundação de uma Instituição que trabalhou pelos direitos humanos e que atuava no estado da Califórnia – EUA, de nome Bread and Roses. Sua função era promover dignidade em prisões e hospitais levando a música e outras formas de cultura aqueles lugares. Morreu em 2001 vítima de câncer endócrino.

quarta-feira, 3 de março de 2010

REDENTOR!






















Na cruz o Salvador
Na terra a humanidade
No céu a esperança
Nos caminhos espinhos
Nos sonhos anjos
que nos conectam ao Criador
Nos pensamentos
muitas lutas, poucas vitórias
Na vida sustento a
realidade por necessidade
Da caneta escrevo idéias
que vem a cabeça
No papel o vazio
agora preenche...
Uma palavra
Um poema
Uma oração
Por causa da dor
Súplicas ao Redentor!


By Roger LS
2010

VASTIDÃO



Límpido céu sobre a água
onde azuis se misturam
vejo que a imensidão
do mar e do espaço
ampliam o sentido da
palavra solidão
Gaivotas seguem um rumo
em busca de novos ares
nova estação
No horizonte do oceano
a vastidão
Ar e água
Céu e Terra
em perfeita união.


By Roger LS
2010